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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

01/09 - Lc 4,16-30

1 de Setembro de 2014

evandia

Lucas 4,16-30

Foi então a Nazaré, à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura do profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano da graça de Senhor”. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.” E perguntavam: “Não é este o filho de José”? Ele, porém, dizia: “Sem dúvida, me citareis o provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, faze também aqui, na tua terra!” E acrescentou: “Em verdade, vos digo que nenhum profeta é aceito na sua própria terra... havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio”. Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro com a intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

Entendendo

JESUS REVELA O SEU PROJETO DE VIDA

Jesus retorna para sua terra e, numa sinagoga, abre o livro do profeta Isaías e localiza o trecho onde o profeta prevê o cumprimento de uma profecia. Essa afirmação de Jesus ganha repercussão, porque naquele momento Ele anunciava o seu projeto de vida, ou seja, o que Ele veio fazer entre nós.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano da graça de Senhor”.

A partir do anúncio público de sua missão Jesus parte para o cumprimento do que prometeu: anunciar a Boa Nova, o Evangelho é sua missão primeira, pois a humanidade precisava conhecer Deus, já que havia uma visão distorcida do Criador, como um Ser distante e carrasco.

O anúncio vem acompanhado de obras. As obras de Jesus priorizam os mais fragilizados, os pobres, pecadores públicos, excluídos da sociedade. Curas e milagres extraordinários são feitos para recuperar a vida das pessoas e mostrar o poder de Deus.

Após a revelação de seu projeto, em sua terra natal, Jesus faz um desabafo e uma constatação: nenhum profeta tem o seu valor reconhecido entre os seus parentes e conterrâneos. O povo fica indignado e reage contra Ele.

Atualizando

A AUSÊNCIA DE UM PROJETO DE VIDA TORNA A PESSOA
ALIENADA E CARENTE DOS OUTROS PARA DECIDIREM POR ELA!

Toda pessoa é livre para escolher o que quer ser e o que quer fazer com sua vida. Todos necessitam projetar-se para crescer. Somente quando vivem intensamente determinados ideais, são capazes de optar com decisão.

O projeto de vida é um convite a tomar a vida nas próprias mãos e a descobrir a grandeza de decidir sobre a própria existência de um modo autônomo e comprometido e, por isso mesmo, pessoal e comunitário. A ausência de projeto leva a uma vida alienada, onde os outros decidem por mim.

A pessoa humana é um ser aberto à transcendência, foi criada para ir além de si mesma, a realizar um desejo de felicidade e plenitude. Aberta ao infinito..., como se alguém a chamasse de longe e, ao mesmo tempo, desde o mais profundo de si mesma.

A vida só pode fazer-se projeto a partir de um valor que comprometa o melhor da pessoa. Uma vida verdadeira e autêntica se expressa na vivencia de valores que dão significado a própria existência. Para nós cristãos, esse ponto de partida está em Deus, e se manifesta publicamente na revelação em Jesus Cristo.

O seguimento de Jesus nasce do encontro pessoal com Ele vivo, aqui, agora, fazendo parte da nossa história. É este o Cristo ressuscitado. Não é mais aquele do crucifixo, pregado, sangrando na cruz, embora tenhamos que contemplá-lo e reconhecer que também faz parte da caminhada.

O projeto de vida cristã realiza-se em um processo de mudança contínua, é o que chamamos de conversão... Cada tempo oferece seu dinamismo. A maneira que algo se realizava a 20 anos, não é mais a de hoje. Para isso, necessita flexibilidade, abertura, sabedoria. O que não deve mudar é a opção fundamental do projeto.

Quando Jesus chama a segui-lo, tudo se relativiza e passa a um segundo plano: “imediatamente deixaram as redes e começaram a segui-lo” (Mt 4, 18-22). Tudo: futuro, relações, afetos, trabalho, possibilidades, capacidades, se reordena em função dele. Não se trata de acomodar o projeto de Jesus à própria vida, e sim de acomodar a própria vida ao projeto de Jesus.

A vida cristã exige pôr em ação, meios que façam possíveis uma permanente conversão: oração, comunidade, formação, atualização, discernimento, compromisso, trabalho. Estes meios são espécie de máquina que dão sustentação ao projeto pessoal de cada pessoa de fé.

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