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sábado, 20 de setembro de 2014

20/09 - Santo André Kim Taegon e Companheiros Mártires

20 de Setembro de 2014

Santo André Kim
Taegon e Companheiros Mártires

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“Primeiro sacerdote mártir coreano, que liderava uma multidão de fiéis no início da Igreja na Coreia”.

No início do ano de 1600, no século XVIII, a Igreja coreana foi fundada por leigos. Sem padres e bispos, os cristãos com muitos esforços e perseverança iniciaram uma comunidade cristã forte e fervorosa. Em 1785 foi enviado pelo Vaticano, o primeiro sacerdote consagrado para pastorear a comunidade, que passou a seguir a hierarquia e organização ditada pela Santa Sé de Roma.

Em pouco tempo a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis. Começaram também as perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados numa só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado:

André nasceu em 1821, numa família da nobreza coreana, profundamente cristã. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos quarenta e quatro anos, pelo fato de não renegar sua fé em Cristo.

André tinha quinze anos, e sobreviveu com os familiares graças ao apoio de missionários franceses que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa, tanto na ida quanto na volta, num clima de perseguição foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Por sua condição de nobre e por ser conhecedor dos costumes e pensamentos do local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e depois morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coréia.

Na mesma ocasião, foram martirizados cento e três homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o Papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou Santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.

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