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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

24/01 - Mc 3,31-35

24 de Janeiro de 2017


evandia

Marcos 3,31-35

            Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: “Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram”. Ele respondeu: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?” E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.





            Entendendo


A NOVA FAMÍLIA DE JESUS CRISTO

As palavras de Jesus com sua mãe não foram desrespeitosas. Maria era submissa à vontade de Deus e, com certeza, compreendeu bem a resposta de Jesus, pois essa era a educação que dava a Ele.

Certamente Jesus deu ênfase na resposta: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”, para tocar naquele povo que O escutava. Ou seja, a escuta obediente deles, levava-os a fazer a vontade Deus, e este era o caminho para fazer parte de Sua família.

Com esta afirmação Jesus mostra que fazer parte de uma família, não é apenas ser ligado ao vínculo de sangue, o parentesco. É estar atento à Palavra e ter o prazer de viver como irmãos, defendendo os valores da decência, honestidade, sendo solidário e crítico de sua própria postura.



Atualizando


O TESTEMUNHO DE UM JOVEM
QUE DESCOBRIU UM NOVO JEITO DE VIVER EM FAMÍLIA!

Aos 18 anos, deixei a casa de meus pais e fui morar em outra cidade. Saí pra assumir minha posição diante da vida. Fui fazer faculdade, me preparar para viver os desafios da fase adulta. Em minha cidade de origem havia deixado meu pai, minha mãe, meus avós, tios, meu irmão e minhas irmãs para trás e passei a experimentar o que era estar sozinho diante das lutas, das dores, dos medos, das tristezas.

Buscando me ambientar e sair da solidão numa cidade que ainda era estranha pra mim, conheci uma galera jovem da Igreja, que me chamou à atenção pelas visitas que fazia ao asilo de velhinhos. Tive contato com eles e comecei a fazer perguntas, porque para mim, como jovem, aquela atividade fugia dos padrões da juventude. Após matar minha curiosidade não resisti a um convite deles, talvez ainda sem a consciência do valor das visitas aos velhinhos, mas, muito mais pela necessidade de novas amizades.

Acredito que Deus se serviu da minha carência para encontrar um jeito novo de viver em família. Claro que tenho uma família de sangue que amo muito, mas nunca tive nela uma vivência de fé. Comecei a participar da turma, de suas reuniões temáticas, visitas ao asilo, momentos de oração e celebração da missa. Posso afirmar que, a partir daí, minha vida ganhou um novo impulso.

Mergulhei de cabeça, fiz uma caminhada e, aos poucos, busquei assumir compromissos e não ficar apenas de espectador ou assistente. O grupo me ajudou bastante. Conheci uma garota de lá, Vera, que hoje é minha esposa. Temos dois filhos e posso dizer que minha família foi alicerçada no amor que conheci, começado naquela “estranha visita aos velhinhos”.

Continuo tendo contato com minha família de sangue, e sei que trago grandes valores da formação de berço, mas, devo reconhecer que, sem a nova família que conheci naquela turma que um dia encontrei, jamais encontraria o verdadeiro sentido de uma família formada na fé e na minha Igreja.

Esta nova família não obedece a fronteiras geográficas, posso encontrar onde quer que esteja. Em 2011, eu, minha mulher e meus filhos viajamos de férias para Fortaleza e, através do Face, conheci uma pessoa de comunidade. Ao chegar lá, ela seu esposo, filhos já nos esperavam como se já fôssemos velhos conhecidos. Dispensamos o hotel, ficamos em sua casa e fomos apresentados a outras pessoas da comunidade.  

Portanto, a família constituída na fé está pronta a nos acolher e nos amparar nos dias de necessidade, socorrer nos dias de angustia, repartir o pão em tempos de crise, compartilhar o tempo, o amor, o cuidado. Gente que vai estender a mão ajudando a socorrer, mas também celebrar as alegrias profundas da vida.


Eduardo Franklin – Salvador

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